Pingar o BlogBlogs

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Terceira geurra mundial

Não é meu este artigo, é editado de duas entrevistas, mas acho interessante divulgar a opinião.

Segue:

"A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL JÁ COMEÇOU, DIZ EX-CHEFE DO SERVIÇO SECRETO DE ISRAEL"

A terceira Guerra Mundial já está em andamento entre os islamitas e o Ocidente, mas a maioria das pessoas não se deu conta, disse Efraim Halevy, ex-chefe do Mossad, o serviço secreto israelense, em entrevista publicada neste sábado em Lisboa, Portugal. Já Renato Pompeu, em entrevista à revista Caros Amigos, é um jornalista sempre eleito para falar dos assuntos espinhosos, da vanguarda artística aos movimentos de protesto mundial. Ele já dizia, durante os conflitos de Kosovo, que começava ali a terceira guerra mundial. Agora, a partir dos atentados nos Estados Unidos, Pompeu vê reforçada sua tese e diz por que esta guerra é diferente da Primeira e da Segunda.

"Estamos em meio à III Guerra Mundial", disse Halevy à revista portuguesa Expresso. "O mundo não entende isso. Uma pessoa que anda pelas ruas de Tel Aviv, Barcelona ou Buenos Aires não tem a sensação de que uma guerra está em curso", acrescentou Halevy, que dirigiu o Mossad de 1998 a 2003.

Renato Pompeu: "Estou convencido de que estamos em plena terceira guerra mundial. Só que ela não vai ser semelhante à primeira e à segunda, que foram comprimidas no tempo e no espaço, ela está se dando ao longo de espaços de tempo esparsos, desde que começou, mais ou menos ali no Kosovo. A Primeira Guerra Mundial começou muito antes de um determinado dia de agosto em 1914, começou com os conflitos nos Bálcãs; já a Segunda Guerra Mundial não começou em 1939, quando a Alemanha invadiu a Polônia, pois o Japão já tinha invadido a China e já estava tudo preparado. Quando digo que a terceira guerra mundial começou com a guerra do Kosovo é porque ali, pela primeira vez, houve um avanço militar de um bloco sobre outro. Houve um avanço do bloco da OTAN sobre o bloco da Rússia, do qual a Sérvia era a única ainda aliada na Europa. O Iraque não é um aliado, não era aliado nem da União Soviética. É um país fascista no sentido drástico do termo."

"Durante a primeira e a segunda Guerra Mundial, todo mundo sentia que havia uma guerra. Hoje ninguém é consciente disso. De vez em quando tem um ataque terrorista em Madri, Londres e Nova York e, depois, tudo continua como se nada tivesse acontecido", afirmou. Quanto à Bin Laden, o suposto responsável pelos atentados do fatídico 11 de Setembro, o jornalista afirma que os Estados Unidos não têm interesse em capturá-lo, pois, se quisessem, levariam a questão para o tribunal internacional — que, aliás, os eles nem apóiam — pedindo a extradição do Bin Laden e, se o Afeganistão não der, aí sim eles capturariam-lo. O que o próprio Bin Laden declarou? "Eu não tenho nada a ver com esse atentado, mas estou muito contente de que tenha acontecido." Que provas existem contra o Bin Laden? Nenhuma. Se houvesse provas, os americanos já teriam prendido os caras todos lá porque os dados que eles têm agora já tinham antes. Eles dizem: "Vamos congelar os bens de todos os ativos ligados ao Bin Laden". Mas, se eles sabem quais são, por que não congelaram antes? Bin Laden é o alvo mais visível e também o mais conveniente porque o Afeganistão fica na região que está sendo disputada

A violência dos islamitas, segundo ele, vem perturbando tanto as viagens como o comércio internacional, assim como aconteceu durante os dois conflitos mundiais anteriores.

Halevy, que cresceu em Londres em tempos de guerra, disse que seriam necessários pelo menos 25 anos para ganhar a batalha contra os islamitas, mas até lá é provável que eles realizem um ataque nuclear.

"Não tem que ser nada muito sofisticado. Não tem que ser a última tecnologia nuclear; pode ser algo sensível como uma bomba suja que, em vez de matar milhões de pessoas, mata apenas dezenas de milhares", continuou. Halevy ocupou seu cargo no Mossad durante os governos dos primeiros-ministros Yitzhak Shamir, Yitzhak Rabin e Shimon Peres.

Os generais da OTAN estão intervindo na Colômbia, no Peru, no Equador e agora no Brasil, com a base de Alcântara controlada pelos americanos. As áreas de conflito são a Chechênia, os Bálcãs, a Ásia Central, o Tibete, China e Formosa ou Taiwan — como queiram chamar — a Indonésia e, aqui, a Colômbia, Peru, Equador e até a Amazônia brasileira são os focos mais importantes. Fora isso, tem focos menores entre a Grécia e a Turquia. A África não afeta o equilíbrio mundial entre a Rússia, a China e os Estados Unidos, porque a África é um quintal do Ocidente, portanto, esses conflitos que lá acontecem não têm importância mundial por enquanto. Os europeus tentam criticar, amortecer, amenizar e diminuir, mas eles não têm poderio militar. Ficou bastante claro, na guerra do Kosovo, que os europeus não têm os recursos militares que os Estados Unidos têm. Aquilo foi tudo resolvido pelas armas americanas, as armas européias não tiveram muita função. Os europeus estão numa campanha de afastar a OTAN de lá, até eles se armarem mais.

Não vamos poder ficar assistindo de fora, mesmo porque tem esse foco na Colômbia. Assim como acendeu um foco lá, pode acender um aqui. A OTAN está em busca da conquista do mundo, por isso usa a bandeira dos direitos humanos, porque se pode intervir em qualquer lugar do mundo em defesa dos direitos humanos. Se os Estados Unidos intervierem na Amazônia brasileira para defender os direitos humanos dos índios, dos seringueiros e dos sem-terra, a opinião pública mundial vai acreditar piamente nisso e ser totalmente a favor dos Estados Unidos. A liberdade que um país como o Brasil pode ter é a de contribuir para minimizar o conflito, exigindo uma democratização da globalização: então vamos globalizar a política, o emprego, a saúde, a educação, vamos globalizar tudo, inclusive vamos eleger um governo mundial para diminuir esses conflitos todos e prender os culpados e puni-los. Esse atentado contra os Estados Unidos não foi uma coisa de bandido contra mocinho, nem, como muita gente pensa, de mocinho contra bandido. Foi de mocinho-bandido de um lado e bandido-mocinho de outro. O que os Estados Unidos oprimem particularmente aquela região, o sofrimento que isso causa no Iraque, no Afeganistão... porque foram eles que botaram o Taleban lá, que botaram o Bin Laden, assim como puseram o Saddam no Iraque para combater os soviéticos. O sofrimento que eles causam lá... Talvez naquele dia tenha morrido mais gente pelo sofrimento que os Estados Unidos causam no Oriente Médio do que os que morreram em Nova York e Washington. Não sei fazer esse cálculo, mas é uma possibilidade. E essa é a primeira vez em que há um ataque de guerra do outro lado — porque isso não é terror, é um ataque militar mesmo.

"O mundo tende a conflitos generalizados, embora separados, até alcançar um novo equilíbrio, com o fim da revolução tecnológica, que permita um outro patamar financeiro. Do jeito que está, vai haver uma destruição geral, quando esse equilíbrio poderia ser alcançado através de meios mais pacíficos, que é o que esses movimentos estão querendo.
Eles já preparam a guerra antes, o capitalismo precisa da guerra, pois nela se movimenta o produto bélico, que é o produto ideal para o capitalismo, pois ele se destrói já na primeira vez em que é usado e você tem de substituir, fabricar outro..."

Nenhum comentário: